Ensino Médio

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Confira alguns dos conteúdos que dão mais calafrios nos estudantes e saiba como superar as questões que podem aparecer nas provas

Cada estudante tem pontos fortes e fracos no domínio das disciplinas cobradas nos vestibulares, mas é possível identificar alguns assuntos que preocupam um número maior de alunos e são, notoriamente, mais difíceis que outros temas. Eles se revelam em exercícios das apostilas – que levam vários minutos para serem resolvidos – ou nos simulados – quando até a compreensão do enunciado fica difícil. Quem vai enfrentar vestibulares concorridos ou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) sabe que esses conteúdos devem aparecer nas provas. E temem por isso.

Com a ajuda de professores de Curitiba, o Vida na Universidade lista alguns desses temas assustadores que atormentam a vida dos vestibulandos. Os temas foram apontados pelos professores do curso Decisivo Marlus Geronasso, de Redação, e Cláudio Lovato, de Química; Cleuza Cecato, coordenadora de Produção de Texto no Colégio Bom Jesus; e Antônio Luiz Portela (Luizão), de Biologia, e Paulo Sérgio Maniesi, de Física, do curso Dom Bosco.

Lentes esféricas

O tema parece simples pela proximidade com o cotidiano, mas esconde muitas chances de erro por causa de detalhes. Questões sobre lentes esféricas, como as presentes em óculos e lunetas, exigem que o estudante domine muito bem a teoria sobre o assunto para identificar as especificidades de cada lente e responder sobre classificações (côncava, convexa e suas variações) ou o modelo mais apropriado para cada situação. O professor Paulo Sérgio Maniesi lembra que confusões conceituais são comuns. Então, quanto mais usos dessas lentes o candidato conhecer, maior será a facilidade para identificar o tipo de lente diante de variáveis como raios de luz ou distância do objeto.

Redação

A prova de redação costuma ser a mais tradicional das ameaças, especialmente a quem pretende seguir a área de Exatas e/ou não tem muita afinidade com a produção de textos. Ao pensar o que terão de enfrentar para preencher as linhas em branco, os candidatos têm vários temores. Quando a exigência é por redações curtas e sintéticas, como no caso da UFPR, as vítimas são os estudantes que têm dificuldade para resumir e selecionar as principais ideias em um espaço pequeno. Quando o enunciado pede uma produção mais longa, com limite mínimo de 20 linhas, por exemplo, a meta parece estar a milhas de distância para aqueles que não dominam o tema.

A redação também costuma assustar quando pede que o estudante relacione assuntos diferentes em um mesmo texto. Para encarar essa briga com segurança, a melhor arma não é diminuir o tamanho da letra, nem encher a folha com preposições e ideias repetidas. Segundo a professora Cleuza Cecato, a melhor maneira de vencer esses obstáculos é tornar-se um leitor assíduo. Para o professor Marlus Geronasso, como na maioria das competições, treinar é essencial. Por isso, a produção de textos tem de fazer parte da rotina do vestibulando. Escrever as ideias com clareza e expor suas opiniões com elegância funcionam bem para qualquer proposta de redação.

Cálculo estequiométrico

Até o nome assusta. Trata-se do estudo de relações quantitativas (átomos, moléculas, massa, volume) entre substâncias que participam de uma reação química. Uma das maiores dificuldades desse tipo de equação é a etapa do balanceamento, quando é preciso fazer um rearranjo dos elementos que constam nela. Candidatos com dificuldades nas contas mais simples de matemática ficam zonzos quando leem a ordem “resolva” diante de um emaranhado de letras (elementos químicos) e números.

O professor Claudio Lovato reconhece a complexidade do assunto e recomenda três passos fundamentais para sair-se bem desse tipo de questão. O primeiro é ser organizado na montagem da questão, procurando prever o espaço que sua resolução exigirá. Paralelamente, é preciso cuidado ao escrever a equação química. Uma troca de números ou posição dos elementos pode levá-lo ao erro. Por último, nenhum dos dados do enunciado deve ser desprezado. Ele é o principal guia do vestibulando e tudo o que consta lá será fundamental para a resolução do exercício.

Reações enzimáticas

Elas sempre aparecem, seja no Enem ou nos vestibulares. Por isso, conhecê-las bem é indispensável para um bom resultado na prova de Biologia. O problema é que as perguntas que envolvem o assunto raramente são apenas conceituais. Segundo o professor Luizão, as provas costumam cobrar a interpretação de gráficos que mostram reações enzimáticas, envolvendo dados sobre velocidade, temperatura e outros aspectos da reação.

Para superar esse obstáculo, treino e atenção são a melhor receita. Procure fazer vários exercícios que cobrem compreensão de gráficos sobre reações enzimáticas e, na hora da prova, fique atento aos valores e elementos disponíveis no enunciado.