Curitiba é hoje uma das poucas capitais brasileiras de maior porte que não têm mais um festival de cinema para chamar de seu, enquanto eventos do gênero pipocam país afora, até mesmo em cidades pequenas, como as históricas Tiradentes (MG) e Paraty (RJ). Mas isso está prestes a mudar. Entre 29 de maio e 4 de junho de 2012, o Espaço Itaú de Cinema, novo nome do antigo Unibanco Arteplex do Shopping Crystal, atualmente fechado para reformas, receberá a primeira edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.
O evento, que terá sete dias de duração, será realizado pela produtora curitibana Grafo Audiovisual. Aprovada pela Lei Rouanet, dispositivo federal de incentivo à cultura, a iniciativa poderá captar até R$ 320 mil. Desse total, já foram obtidos R$ 100 mil junto à Copel, por meio do projeto Conta Cultura, cujo objetivo é facilitar a parceria entre produtores e empresas interessadas em patrocinar propostas culturais. Além da Copel, as estatais Sanepar, Compagas e Agência de Fomento do Paraná podem destinar recursos do Imposto de Renda para empreendedores paranaenses.
Em entrevista à Gazeta do Povo, o produtor Antonio Junior, um dos três diretores do festival, ao lado do cineasta Aly Muritiba (do premiado curta A Fábrica) e de Marisa Merlo, também sócia e produtora da Grafo, o Olhar de Cinema virá preencher uma lacuna bastante importante no calendário cultural da cidade. “Na última década, Curitiba perdeu primeiro o Festival de Cinema, Vídeo e DCine, depois o do Paraná de Cinema Brasileiro Latino e, agora, o PUTZ [Festival Universitário de Cinema e Vídeo da Universidade Federal do Paraná]. Sentimos no ano passado que precisávamos fazer alguma coisa para mudar isso”, diz.
Embora a Grafo não tenha conseguido levantar todos os recursos necessários para a realização do Olhar de Cinema, Antônio Junior conta que já tem parcerias importantes. Além de ter fechado com o Espaço Itaú para a exibição dos filmes em competição em duas das salas do multiplex, a produtora também já recebeu o apoio do Sesc Paraná. Debates com os cineastas, coletivas de imprensa e eventos paralelos do festival deverão ocorrer tanto no Sesc da Esquina quanto no Paço da Liberdade. “Agora estamos correndo atrás de patrocinadores locais para fechar as contas e realizar o melhor festival possível.”
Competitivas
A proposta do Olhar de Cinema é selecionar em torno de 70 filmes, entre curtas e longas-metragens (de ficção, documentário ou animação), do mundo todo. Os títulos serão divididos em duas mostras competitivas: Janela Internacional, do qual produções brasileiras também vão participar, e outra exclusivamente nacional, Olhares Brasil, com obras que não estejam participando da competitiva. A ideia é também organizar a mostra Mirada Paranaense, não competitiva, exclusivamente voltada a filmes estaduais.
Os prêmios, nas duas competitivas, serão concedidos em três categorias: Prêmio Olhar (melhor filme), Prêmio Especial do Júri e Prêmio de Contribuição Artística, destinado a qualquer profissional envolvido na realização da obra, como diretores de fotografia, compositores, atores, roteiristas e montadores, entre outros. Haverá, também, o prêmio Novo Olhar, para filmes de cineastas estreantes, com um ou dois longas no currículo, que serão exibidos na paralela Novos Olhares, sem caráter de competição.
Com inscrições abertas até 20 de março no site http://olhardecinema.com.br/blog, o festival, segundo Junior, já recebeu em torno de 40 filmes de várias procedências. Para ele, o evento deverá atrair obras de diretores do chamado circuito independente, e a proposta é exibir produções com forte identificação com suas respectivas culturas e sociedades, assim como filmes que tenham propostas estéticas mais inventivas e arrojadas.
Nesta primeira edição, com a verba prevista pelo orçamento, o intuito é trazer a Curitiba todos os realizadores brasileiros selecionados e oferecer hospedagem e alimentação aos estrangeiros que se interessarem em vir ao festival com seus próprios recursos.
Publicado em 08/12/2011O evento, que terá sete dias de duração, será realizado pela produtora curitibana Grafo Audiovisual. Aprovada pela Lei Rouanet, dispositivo federal de incentivo à cultura, a iniciativa poderá captar até R$ 320 mil. Desse total, já foram obtidos R$ 100 mil junto à Copel, por meio do projeto Conta Cultura, cujo objetivo é facilitar a parceria entre produtores e empresas interessadas em patrocinar propostas culturais. Além da Copel, as estatais Sanepar, Compagas e Agência de Fomento do Paraná podem destinar recursos do Imposto de Renda para empreendedores paranaenses.
Em entrevista à Gazeta do Povo, o produtor Antonio Junior, um dos três diretores do festival, ao lado do cineasta Aly Muritiba (do premiado curta A Fábrica) e de Marisa Merlo, também sócia e produtora da Grafo, o Olhar de Cinema virá preencher uma lacuna bastante importante no calendário cultural da cidade. “Na última década, Curitiba perdeu primeiro o Festival de Cinema, Vídeo e DCine, depois o do Paraná de Cinema Brasileiro Latino e, agora, o PUTZ [Festival Universitário de Cinema e Vídeo da Universidade Federal do Paraná]. Sentimos no ano passado que precisávamos fazer alguma coisa para mudar isso”, diz.
Embora a Grafo não tenha conseguido levantar todos os recursos necessários para a realização do Olhar de Cinema, Antônio Junior conta que já tem parcerias importantes. Além de ter fechado com o Espaço Itaú para a exibição dos filmes em competição em duas das salas do multiplex, a produtora também já recebeu o apoio do Sesc Paraná. Debates com os cineastas, coletivas de imprensa e eventos paralelos do festival deverão ocorrer tanto no Sesc da Esquina quanto no Paço da Liberdade. “Agora estamos correndo atrás de patrocinadores locais para fechar as contas e realizar o melhor festival possível.”
Competitivas
A proposta do Olhar de Cinema é selecionar em torno de 70 filmes, entre curtas e longas-metragens (de ficção, documentário ou animação), do mundo todo. Os títulos serão divididos em duas mostras competitivas: Janela Internacional, do qual produções brasileiras também vão participar, e outra exclusivamente nacional, Olhares Brasil, com obras que não estejam participando da competitiva. A ideia é também organizar a mostra Mirada Paranaense, não competitiva, exclusivamente voltada a filmes estaduais.
Os prêmios, nas duas competitivas, serão concedidos em três categorias: Prêmio Olhar (melhor filme), Prêmio Especial do Júri e Prêmio de Contribuição Artística, destinado a qualquer profissional envolvido na realização da obra, como diretores de fotografia, compositores, atores, roteiristas e montadores, entre outros. Haverá, também, o prêmio Novo Olhar, para filmes de cineastas estreantes, com um ou dois longas no currículo, que serão exibidos na paralela Novos Olhares, sem caráter de competição.
Com inscrições abertas até 20 de março no site http://olhardecinema.com.br/blog, o festival, segundo Junior, já recebeu em torno de 40 filmes de várias procedências. Para ele, o evento deverá atrair obras de diretores do chamado circuito independente, e a proposta é exibir produções com forte identificação com suas respectivas culturas e sociedades, assim como filmes que tenham propostas estéticas mais inventivas e arrojadas.
Nesta primeira edição, com a verba prevista pelo orçamento, o intuito é trazer a Curitiba todos os realizadores brasileiros selecionados e oferecer hospedagem e alimentação aos estrangeiros que se interessarem em vir ao festival com seus próprios recursos.
Fonte: Site Gazeta do Povo
0 Comments:
